BEGONIACEAE

Begonia coccinea Hook.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia coccinea (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

20.671,145 Km2

AOO:

48,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: A2cd;B2ab(iii,v)
Categoria: EN
Justificativa:

B. coccinea é uma planta potencialmente ornamental encontrada apenas nas Florestas Úmidas e Montanhosas dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, tendo distribuição restrita (AOO=48 Km²). Sua ocorrência é disjunta entre os dois Estados, permitindo supor que tenha uma população severamente fragmentada. Por seu potencial ornamental, suspeita-se que a coleta predatória seja uma ameaça à sua sobrevivência. Além disso, tratando-se de uma planta epífita que cresce em árvores de 20 a 30 metros, suspeita-se que esteja sofrendo com a ameaça da perda do habitat, que pode alcançar cerca de 80% no Estado do Rio de Janeiro. Dessa maneira, suspeita-se que a redução populacional da espécie tenha sido maior do que 50% nos 15 anos (considerando tempo de geração igual a cinco anos para espécie arbustiva).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Bot. Mag. 69: t. 3990 1843.A espécie é conhecida vulgarmente por "begônia-coccínea" ou "coração de maria" (Smith; Smith, 1971). Devido à semelhança quanto a forma das folhas e a cor vermelha das flores, muitas vezes ocorrem erros de identificação nos herbários para uma planta muito parecida com B. coccinea, possivelmente nesse caso trata-se de um híbrido com Begonia maculata. Uma vez que, B. coccinea é uma espécie altamente seletiva no que se refere ao ambiente em que ocorre (Kollmann, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (Kollmann, 2012)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Subarbusto com aproximadamente 60 cm altura, monóica, apresentando flores femininas e masculinas de outubro a dezembro, frutificação de novembro a janeiro, ocorrem em Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana como epífitas sobre árvores acima de 20 m de altura, neste caso, possuindo associação com espécies de bromélias, do gênero Vriesea, na procura por substrato (Jacques, 1996; Kollmann, 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Criticamente em perigo" (CR) segundo a Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Existem registros de ocorrência da espécie na Reserva Ecológica de Macaé de Cima (Jacques, 1996) e na Estação Ecológica Estadual de Paraíso (Lima, 2296 RB; Martinelli, 10412 RB).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
Utilizada como planta ornamental (Smith; Smith, 1971).